1- Faça uma planilha com todos os gastos (por 30 dias), onde devem
constar até mesmo passeios, lanchinhos, gorjetas, etc;
2- Coloque em sua planilha os valores típicos de início de ano, como
IPTU, IPVA, material escolar. Também não esqueça gastos como
presentes, aniversários, licenciamento de veículo, viagens, dentre
vários outros;
3- Coloque em seu orçamento mensal as parcelas das despesas do fim do ano passado (parcelas no cartão, gastos com presentes, crediários, etc), caso
tenha, também coloque valores de dívidas e outros parcelamentos
feitos, assim verá que o dinheiro disponível para iniciar este ano será
menor e se controlará melhor;
4- Estabeleça os sonhos (objetivos) e prazos para realizá-los (esses
podem ser de curto, médio e longo prazo), depois os coloque em seu
orçamento mensal deste ano os valores que terá que poupar para
atingi-los;
5- Acredite, cortando pequenos gastos que não contabilizamos no nosso
cotidiano e outros supérfluos, é possível destinar parte de seus
rendimentos (de 10 à 20%) para começar a poupar, sempre atrelando essa
poupança a um sonho ou objetivo;
6- Seja o mais objetivo possível na hora de comprar, focando
simplesmente no que é necessário. As ofertas são muitas, por isso faça
sempre uma lista das necessidades, pesquise e evite ir às compras com
crianças;
7- Evitar a todo custo entrar no limite do cheque especial e pagar a
parcela mínima do cartão de crédito, essas são armadilhas para o
desequilíbrio financeiro, em função dos altos juros. Assim, uma medida
é, se possuir mais de um cartão quebre os que menos usar e negocie as
taxas existentes, também peça para que seja retirado o limite do
cheque especial;
8- Negociar é um dos segredos para ajustar a vida financeira, isso
deve ocorrer na hora de comprar, mas, principalmente, na hora de pagar
as dívidas. Os juros para esse último caso são muito altos, assim,
negocie, você quer pagar e o credor quer receber, tenha isto em mente
e reduza os valores e os juros. Importante, sempre estabeleça parcelas
que caibam em seu orçamento;
9- Tenha uma conversa franca com toda família, sobre a situação
financeira, debatendo e decidindo os rumos a serem tomados. A maior
dificuldade na hora do controle financeiro é a falta de diálogo, pois,
em função disto ocorrem gastos indevidos e também desavenças em função
do dinheiro;
10- Em caso de dinheiro aplicado, não resgate na primeira dificuldade
financeira, antes é necessário estabelecer uma estratégia para
utilização do dinheiro, pois, na maioria dos casos, gastar reservas
fará com que passe de investidor para endividado. Procure combater a
causa do seu endividamento e não o efeito;
11- Gastar não é sinônimo de felicidade, assim, lembre-se que estar
próximo de quem se ama não tem preço. Em vez de valorizar o consumo,
valorize mais a troca de sentimentos.
Reinaldo Domingos, Educador Financeiro e autor dos livros Terapia
Financeira e O Menino do Dinheiro, Presidente do Instituto DSOP de
Educação Financeira.