Uma boa localização pode representar uma grande variação no volume de negócios e ser determinante entre o sucesso e o fracasso de um empreendimento.
2 - A importância do “P” de ponto
A questão da localização não pode ser dissociada dos outros componentes do marketing. Considerando os 4 PS, deve-se buscar a coerência entre o PONTO (localização), o PREÇO, o PRODUTO e a PROMOÇÃO. O P de Ponto tem caráter de vida longa, enquanto os outros “Pês” podem sofrer ajustes e serem reorientados de forma tática mais facilmente.
3 - Ponto ideal
O ponto ideal é o que fica mais próximo do seu público-alvo e que mais se ajusta à proposta do negócio. Uma loja que não atenda a essas características requer investimento de muito tempo e dinheiro para garantir a sua presença no mercado.
4 - No caminho do cliente
O bom ponto é aquele que fica no caminho do cliente”. É preciso analisar o traçado das ruas e avaliar se o trânsito é compatível com a atividade. Grandes avenidas com retornos e estacionamentos proibidos afastam o comprador. De modo geral, vias movimentadas adaptam-se às compras por impulso e as mais calmas à venda de produtos especializados.
5 - Facilidade de acesso
O sucesso também depende da facilidade de acesso. “Uma padaria, por exemplo, deve se instalar no sentido centro-bairro, para que as pessoas possam estacionar na volta para a casa”.
6 - Aspectos legais
No caso de imóveis usados é bom avaliar se a área permite a montagem de uma loja e se a reforma é viável do ponto de vista arquitetônico e financeiro. Procure informar-se detalhadamente sobre as limitações para a construção.
7 - Lojas em shopping
Lojas em shopping centers pedem uma análise do perfil do público, do mix de empresas e das exigências impostas pela administração. “Uma ótima ideia em local inadequado não vinga”.
8 - População - Considerem os seguintes itens:
- Verificação da renda da população ;
- Consumidores em potencial;
- Nível de hábitos e comportamento de compra;
- Locais onde são realizadas às compras
- Grau de fidelidade com estes locais
- Frequência
- Motivos que os levam até os locais
- Quais são os pontos fortes e fracos destes locais.
9 - Concorrência - Algumas explicações necessárias:
- A concorrência, neste momento, deve ser avaliada em razão das suas estratégias de localização, isto é, deve ser entendida para onde tem sido geograficamente, a expansão, ou mesmo fechamento, das lojas dos seus principais concorrentes.
- Cabe destacar também que aquilo que às vezes parece “ser, mas que não é de fato. A proximidade de lojas com produtos semelhantes - concorrentes diretos - é benéfica para vários segmentos do varejo.
Exemplo em São Paulo:
- Rua da Consolação com comércio de luminárias;
- Rua Florêncio de Abreu com ferragens e ferramentas;
- Rua Santa Ifigênia com Material eletrônico;
- Rua 25 de março Comércio de tecidos;
- Rua São Caetano com Vestidos de noivas;
- Bairro dos Campos Elíseos com Comércio de autopeças.
10 - O Imóvel - Considere:
- Indique a área ideal para sua loja em m2. .................
- O imóvel tem ..................... m2.
- Térreo é melhor que sobrado ou prédio.
- Fachada livre para ser explorado visualmente - sem postes, árvores, etc.
- Salão fácil de ser dividido para encaixe da planta de sua loja.
- Imóvel limpo, arejado, com pintura nova.
- Bem iluminado internamente.
- Não deve ser área considerada perigosa no período noturno.
- Com bom fluxo de pessoas em frente a loja.
11 - Projeto da loja
”O objetivo do projeto deve ser vender, não ganhar prêmios”.
Projetar uma loja implica na seleção de várias informações:
- área total;
- volume de mercadorias;
- apresentação;
- público-alvo;
- tipo de expositores;
- iluminação;
- espaços para circulação;
- acesso;
- vitrine.
12 - Pensar como investimento
Pense no projeto como um investimento e não apenas como mais uma despesa para embelezar o local. Escolha o projetista por sua experiência e não apenas por seus valores estéticos.
13 - Ser funcional
Um projeto deve ser funcional e atraente para provocar impacto da fachada ao interior do espaço. Funcionalidade se obtém com uma boa distribuição da área, respeitando-se a circulação do cliente e a exposição dos produtos. Enquanto o impacto visual é garantido pela decoração e coordenação dos elementos.
14 - Qualidade é fundamental
O critério na escolha dos materiais e da mão de obra refletirá na percepção da qualidade dos produtos vendidos. “Um bom design pode substituir detalhes rebuscados, mas mesmo as soluções mais simples precisam ser muito bem acabadas”, avisa o arquiteto José Humberto de Oliveira.
15 - Identificação com o público-alvo
O objetivo deve ser o de criar ambientes que estabeleçam uma identidade com o público-alvo. Ninguém escolhe uma loja por acaso. O consumidor vai à busca de um conceito e é isso que o projeto deve refletir.
Autor: José Carmo Vieira de Oliveira - Fonte: Sebrae/SP